DÍLI, 13 de novembro de 2025 (TATOLI) – O Ministério do Comércio e Indústria (MCI) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) organizaram hoje um seminário para apresentar a versão final do Plano de Ação para o Setor da Manufatura de Timor-Leste, visando reforçar a competitividade do país na Associação das Nações do Sudeste Asiático e cumprir os compromissos com a Organização Mundial do Comércio.
O Ministro da tutela, Filipus Nino Pereira, sublinhou que este plano “não é apenas um documento técnico, mas sim um compromisso nacional para acelerar a transformação económica de Timor-Leste rumo a uma industrialização sustentável e orientada para a exportação”.
Segundo o governante, a indústria transformadora constitui a base política para a criação de zonas industriais que “servirão de ponto de partida para a diversificação económica e para a criação de emprego”.
O ministro afirmou que o plano é visto como um roteiro estratégico que reflete uma ambição partilhada de transformar o potencial produtivo e de valor do país. “O setor manufatureiro desempenha um papel crucial na promoção de um crescimento inclusivo, na criação de emprego e no aumento da competitividade regional, sendo também uma necessidade urgente para reduzir a dependência de Timor-Leste em relação às receitas do petróleo e do gás”, afirmou Filipus Nino Pereira, no City 8, em Manleuana, Díli.
De acordo com o governante, a consulta final sobre aquele plano marca um passo importante no processo de formulação de políticas públicas, que será apresentado ao Conselho de Ministros antes de ser submetido à Organização de Aparelhos Regionais (OPD) para aprovação oficial.
“A validação exige mais do que apoio. É necessária supervisão, apropriação e compromisso. A presença das partes interessadas aqui é um testemunho do espírito de colaboração entre os diversos setores”, sublinhou o ministro.
Por sua vez, o Representante da JICA em Timor-Leste, Daisuke Fukumori, afirmou que a instituição apoia o MCI no acompanhamento do processo de adesão “bem-sucedida” de Timor-Leste à OPD nos próximos anos.
“Este programa é parte de um projeto de acompanhamento da adesão à OPD. Trabalhamos em estreita colaboração com o senhor Nakazato, um especialista nesta área, para apoiar as atividades de acompanhamento e garantir que Timor-Leste cumpre todos os requisitos de adesão”, declarou Daisuke Fukumori.
O dirigente acrescentou que, no âmbito desta consulta final, a JICA elaborou uma lista de verificação e um roteiro que servirão de guia estratégico para o desenvolvimento de um setor manufatureiro competitivo em Timor-Leste.
Na mesma linha, o Diretor-Geral da Indústria e Comércio, Martins Magno, referiu que a parceria com a JICA assenta no plano de desenvolvimento industrial já estabelecido em Timor-Leste, permitindo a realização de estudos sobre o setor manufatureiro existente no país.
O responsável informou que, de acordo com os dados, desde 2023, cerca de 50% dos investimentos realizados no setor manufatureiro foram acompanhados de formações destinadas a grupos industriais de pequena escala em zonas rurais, promovendo a diversificação de produtos com potencial competitivo no mercado.
“No âmbito do apoio às pequenas indústrias, temos vindo a fomentar o empreendedorismo entre micro e pequenas empresas. Desde 2023, formamos cerca de 400 empreendedores, capacitando-os a desenvolver negócios inovadores. O papel do ministério é continuar a impulsioná-los através do reforço de competências e de apoio financeiro às suas atividades”, acrescentou.
Martins Magno salientou que os resultados do setor manufatureiro incluem já a produção de óleo virgem de coco, entre outros produtos, alguns dos quais começam a entrar no mercado internacional.
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Jornalista: Ivonia da Silva
Editora: Isaura Lemos de Deus




