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Xanana apela à união nacional na comemoração do 34.º aniversário do Massacre de Santa Cruz

Xanana apela à união nacional na comemoração do 34.º aniversário do Massacre de Santa Cruz

O Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, participou na cerimónia do 34.º aniversário do Massacre de Santa Cruz. Foto de Digna Serão

DÍLI, 12 de novembro de 2025 (TATOLI) – O Primeiro-Ministro (PM), Xanana Gusmão, destacou, hoje, na cerimónia do 34.º aniversário do Massacre de Santa Cruz, que a luta da juventude timorense evidencia a necessidade de uma ação conjunta para se defender os interesses nacionais.  O evento decorreu, hoje, no Cemitério de Santa Cruz, sob o tema Sou timorense e orgulhoso no meu país.

Xanana Gusmão sublinhou que, durante a cerimónia, estiveram presentes as bandeiras de Timor-Leste, de Portugal e as das formações políticas Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente e União Democrática Timorense, lembrando que a exibição das bandeiras dos dois partidos, antes suspensas por divergências ideológicas, simboliza a união dos jovens de 12 de novembro na defesa da autodeterminação.

Segundo o PM, o interesse nacional deve sobrepor-se aos interesses de cada partido, acrescentando que cada um deles pode ter opiniões próprias, mas, quando se trata do interesse nacional, é preciso se unirem.

“São os jovens do 12 de novembro que nos ensinaram e que moldam um novo carácter, mostrando o caminho a seguir. É isso que dá sentido à nossa comemoração e nos leva a refletir profundamente”, afirmou o Chefe do Executivo.

Por sua vez, o Vice-Primeiro-Ministro, Mariano Assanami Sabino, destacou que o evento visou homenagear os mártires, recordar o sacrifício das vítimas e refletir sobre o legado histórico do acontecimento.

“A liberdade de que hoje usufruímos não foi gratuita. Os jovens devem estudar, trabalhar e juntos construírem o país”, afirmou.

Na mesma linha, o Presidente interino do Comité 12 de Novembro, Filipe Pereira, lembrou que, embora esta data seja recordada como “um dia de tragédia”, deve também ser visto como símbolo da vitória do povo na luta pela libertação nacional.

“Comemoramos este dia todos os anos. É verdade que foi um massacre, mas representa também uma grande demonstração de coragem e vitória na luta pela independência”, disse.

Filipe Pereira apelou aos jovens que hoje trabalham nas instituições do Estado a refletirem sobre o espírito de luta das gerações anteriores, para construírem melhores políticas sociais e económicas para o povo.

O dirigente agradeceu ainda aos sobreviventes, às famílias das vítimas e aos jornalistas internacionais, sobretudo a Max Stahl, pelo contributo na divulgação das realidades vividas pelo povo timorense durante a ocupação da Indonésia.

As comemorações começaram com uma missa de ação de graças na Igreja de Motael, seguida de uma marcha até ao Cemitério de Santa Cruz, onde foram depositadas coroas de flores.

Estiveram presentes, entre outros, veteranos, líderes religiosos, representantes do Governo, famílias dos mártires e membros do Comité 12 de Novembro.

Notícia relevante: Ramos-Horta: A juventude tem o poder de moldar o futuro de Timor-Leste

Jornalista: Ivonia da Silva

Editora: Isaura Lemos de Deus

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