DÍLI, 10 de novembro (TATOLI) – A bancada do Kmanek Haburas Unidade Nasionál Timoroan (KHUNTO) apresentou hoje uma proposta para a redução dos salários dos assessores internacionais, à mesa parlamentar.
A informação foi avançada hoje pelo Vice-Presidente da bancada, Luís Roberto, no Parlamento Nacional (PN).
O deputado afirmou que alguns assessores internacionais auferem entre dez e 15 mil dólares americanos por mês, valores superiores ao salário base do Presidente da República e de outros titulares de órgãos de soberania, “sem que a produtividade do seu trabalho justifique tais montantes”.
Segundo Luís Roberto, esta disparidade salarial contribui para a desvalorização dos recursos humanos timorenses qualificados, num momento em que o país enfrenta limitações orçamentais.
“Num contexto em que o país depende de um único Fundo [Petrolífero] e em que é essencial poupar, o Governo deve começar por reduzir os salários excessivos pagos aos assessores internacionais”, disse à Tatoli, em Díli.
A proposta do KHUNTO defende que a remuneração dos assessores internacionais seja revista em função do nível de responsabilidade e das tarefas desempenhadas, aproximando-se da estrutura salarial dos assessores nacionais.
“Se um assessor nacional ganha cerca de quatro mil dólares, o internacional poderia receber cinco mil. Devemos pagar bem a quem realmente o merece e não oferecer sistematicamente vencimentos entre dez e 15 mil dólares”, acrescentou Luís Roberto.
Recorde-se que o PN tinha aprovado, no passado dia 7 de novembro, na generalidade o OGE para 2026, com um valor total consolidado de 2,291 mil milhões de dólares, distribuídos entre a Administração Central, a Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno e a Segurança Social.
A proposta de lei relativa ao OGE para 2026 foi aprovada com 42 votos a favor, zero contra e 23 abstenções.
Notícia relevante: OGE para 2026 aprovado na generalidade
Jornalista: Nelson de Sousa /Tradução: Equipa da Tatoli
Editora: Maria Auxiliadora




