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Governo apresenta condolências pela morte do jornalista australiano Robert Domm

Governo apresenta condolências pela morte do jornalista australiano Robert Domm

Entrevista: Robert Domm com Xanana Gusmão na base da resistência em 1990. Imagem ((Supplied)

DÍLI, 9 de novembro de 2025 (TATOLI) – O Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, expressou, este sábado, “profundas condolências” pelo falecimento do jornalista australiano Robert Domm, ocorrido nesta sexta-feira.

Xanana Gusmão manifestou pesar e solidariedade à família de Domm, reconhecendo o seu contributo para a independência de Timor-Leste.

“O povo timorense sente profundamente esta perda. Nunca esqueceremos a contribuição de Robert Domm durante a luta pela independência. As suas reportagens mostraram ao mundo o nosso sofrimento e a nossa perseverança durante a ocupação”, afirmou o Chefe do Executivo, num comunicado a que a Tatoli teve acesso.

Segundo a mesma fonte, o Governo e o povo de Timor-Leste prestam homenagem à memória de Robert Domm, cujo trabalho jornalístico contribuiu significativamente para dar a conhecer a história do país ao mundo. “O seu legado permanecerá na história de Timor-Leste, como testemunho de coragem, solidariedade e compromisso com a verdade”, acrescentou Xanana Gusmão.

O documento refere ainda que, durante a resistência, Robert Domm demonstrou coragem e determinação ao chegar, com o apoio da rede de resistência, a um abrigo secreto em Aubehun, Leolima, Ainaro, em setembro de 1990, para entrevistar Xanana Gusmão, o então Comandante-em-Chefe das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste.

Na altura, a entrevista foi transmitida pela Australian Broadcasting Corporation, através da jornalista Sashka Koloff, sob o título The interview that changed a nation: 1990 meeting with rebel leader Xanana Gusmão in a jungle hideout (“A entrevista que mudou uma nação: encontro em 1990 com o líder rebelde Xanana Gusmão num esconderijo na selva”), tornando-se um marco histórico na luta de Timor-Leste.

A reportagem destacou-se por:

  • Quebrar o bloqueio de informação imposto pela Indonésia;
  • Denunciar ao mundo as violações de direitos humanos durante a ocupação;
  • Dar voz à resistência timorense e à luta pela autodeterminação;
  • Inspirar a solidariedade internacional que apoiou a independência em 2002.

A entrevista é hoje considerada a “entrevista que mudou Timor-Leste”, simbolizando resistência, solidariedade e o poder do jornalismo ao serviço da verdade e da liberdade.

Notícia relacionada: Faleceu João Ramos Pinto, ex-Embaixador de Portugal em Timor-Leste

Equipa da Tatoli

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