DÍLI, 10 de setembro de 2024 (TATOLI) – No âmbito do encontro do Papa Francisco com bispos, sacerdotes, religiosas e seminaristas na Catedral da Imaculada Conceição, em Díli, Florentino Martins, aos 89 anos, com doença de Parkinson, partilhou a sua experiência de vida católica.
“Nasci em Ermera, a 21 de fevereiro de 1935 e sou o catequista da Paróquia da Nossa Senhora de Lourdes, em Ermera. Entre 1952 e 1955, estudei na escola de Nuno Álvares Pereira em Soibada. Em 1956, fui nomeado como catequista na Missão Católica de Ermera e nas estações missionárias de Hatolia, Letefoho, Atsabe, Railaco e Fatubessi”, contou Florentino Martins, na Igreja Catedral da Imaculada Conceição, em Díli.
O catequista recordou que em 1962 foi nomeado pelo então Bispo da Diocese de Díli, Dom Jaime Garcia Goulart, catequista permanente e trabalhou na Missão Católica de Ermera. “Naquela altura, tinha direito a uma remuneração mensal paga pela Diocese. Depois da nomeação continuei a dar catequese na igreja, nas estações missionárias e nos sucos”, frisou.
Florentino Martins lembrou ainda que naquela altura, não havia muitos transportes, por isso, tinha de andar a pé entre 6 a e 10 quilómetros para dar a catequese. “Durante o percurso, algumas vezes enfrentei desafios como chuva e fortes ventanias ou pernoitar na viagem. Embora tivesse enfrentado desafios, nunca desanimei e continuei a trabalhar com toda a responsabilidade, zelo e dedicação”, sublinhou.
O catequista destacou que teve de se reformar em 2017, com 82 anos, ainda assim continua a dar conselhos e apoio moral a outros catequistas. “Foi um grande orgulho e tenho imensa gratidão a Deus e a Nossa Senhora por me concederem uma longa vida e por tomar parte na evangelização como catequista ativo durante 56 anos. A maior parte do meu trabalho foi realizada voluntariamente e Deus recompensa-me com uma longa vida e felicidade na minha família”, concluiu.
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