DÍLI, 22 de abril de 2024 (TATOLI) – A Bienal de Veneza, um dos eventos de arte de maior prestígio a nível mundial, conta com a participação de 90 nações, incluindo Timor-Leste, que se apresenta pela primeira vez, pelas obras de Maria Madeira. As migrações, a noção de identidade e as guerras marcam as exposições da maior mostra de arte contemporânea do mundo, cujo tema deste ano é “estrangeiros em todo o lado”.
O pavilhão de Timor-Leste apresenta obras de grande escala em tais estampados com marcas feitas de noz de betel, pigmentos naturais e uma performance que explora o trauma, a esperança e a cura. Além da obra principal, que ocupa cerca de 25 metros quadrados, a exposição também apresenta diversas formas de expressão artística, incluindo instalações, vídeos e performances.
Segundo Maria Madeira “a exposição, intitulada Kiss and Don’t Tell [Beija e Não Contes] homenageia a força e resiliência das mulheres timorenses durante a ocupação indonésia, porque muitas mulheres sofreram e lutaram contra os militares indonésios”.
O Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, presente na inauguração da primeira exposição do país na Bienal de Veneza, referiu que “as histórias vividas pelos timorenses durante a ocupação indonésia podem ser difíceis de contar, no entanto, Maria Madeira conseguiu captar a escuridão da guerra, bem como o poder da reconciliação e as possibilidades de esperança. A arte de Maria Madeira incorpora as tradições intemporais do nosso povo em obras contemporâneas de verdade e beleza”.
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Jornalistaː Domingos Piedade Freitas
Editoraː Isaura Lemos de Deus