DÍLI, 09 de abril de 2024 (TATOLI) – A Direção Nacional Veterinária do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pescas e Florestas (MAPPF) administrou, até ao momento, a vacina antirrábica a 28.273 cães, a 2.538 gatos e a 186 macacos.
A informação foi avançada pelo ministro da tutela, Marcos da Cruz, após se ter reunido com a Ministra da Saúde, Élia dos Reis Amaral, com o Ministro da Agricultura e o ainda com Secretário de Estado da Pecuária, José Vieira de Araújo.
De acordo com o governante, o objetivo de vacinar os 49.963 cães registados ainda não foi alcançado porque, se por um lado as equipas têm de percorrer vários quilómetros a pé para chegar a zonas remotas em Oé-Cusse, Covalima e Bobonaro, por outro deparam-se com tutores que não autorizam que os seus animais sejam vacinados.
Questionado sobre o número de animais vacinados na capital, Marcos da Cruz referiu que as equipas veterinárias ainda estão no terreno, contudo adiantou que cerca de 11 mil cães já receberam a vacinação antirrábica.
Por forma a prevenir e mitigar a raiva entre a população, o Governo divulgou recentemente medidas de prevenção e controlo do vírus da raiva, sendo que passa a ser estritamente proibido deixar animais, nomeadamente cães, gatos e macacos, em locais públicos.
Conforme comunicado governamental, passa também a ser proibido transportar animais, nomeadamente cães, dos municípios de Bobonaro, Covalima e da RAEOA para outros municípios, seja por via terrestre, aérea ou marítima.
A mesma fonte alerta ainda que o incumprimento das regras, e no caso de alguém ser mordido por cães, gatos ou macacos, implicará a responsabilização dos respetivos donos dos animais.
A par da campanha de vacinação antirrábica que decorre no país desde janeiro, o Ministério da Saúde, com o apoio da Organização Mundial da Saúde, promoveu recentemente um seminário técnico destinado a profissionais de saúde, com foco na gestão de mordeduras de cães e no controlo da Raiva.
No evento foi também feita um avaliação de riscos sobre a situação da Raiva em Oe-Cusse Ambeno (RAEOA), com o intuito de se avaliar os riscos de disseminação da doença e fornecer recomendações às partes interessadas.
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Jornalista: Domingos Piedade Freitas
Editora: Maria Auxiliadora