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ECONOMIA

APORTIL: Timor-Leste, na confluência de duas grandes zonas comerciais, é país estratégico para portos marítimos

APORTIL: Timor-Leste, na confluência de duas grandes zonas comerciais, é país estratégico para portos marítimos

Foto da APORTIL

DÍLI, 07 de março de 2024 (TATOLI) – Definir prioridades na política comercial marítima, estabelecer rotas de comércio com portos internacionais vizinhos que produzam mais-valias de transações de produtos com vantagens para Timor-Leste e escolher quais os locais mais apropriados para a construção de portos foram algumas das questões debatidas num seminário organizado pela Autoridade Portuária de Timor-Leste (APORTIL), do Ministério dos Transportes e Comunicações.

O tema específico Plano Diretor para o Desenvolvimento Estratégico Portuário em Timor-Leste serviu de base à discussão e envolveu, entre outros, representantes de empresas marítimas, bem como as autoridades de Ataúro e de Vemasse, do município de Baucau.

Já não é de agora que se levantam as vantagens de Timor-Leste, com as suas costas marítimas no cruzamento da Oceânia (Austrália e Nova Zelândia), todas as ilhas da Micronésia e vários países do sudeste asiático (alguns da ASEAN). Neste sentido a construção de portos marítimos de média dimensão que possam servir de interface entre aquelas duas zonas geográficas de grandes transações comerciais é vista com apreciáveis potencialidades económicas e até turísticas. Segundo a comissão organizadora do evento em apreço, esta localização geoestratégica de Timor-Leste foi um dos assuntos debatidos.

Na génese deste interesse estão os projetos de construção de portos em Carabela (Baucau), em Beaço (Viqueque) e em Kitahara Mahata (Oé-Cusse).

Justamente neste seminário, o Presidente da APORTIL, Feliciano Correia, referiu que com o evento pretendia-se trocar ideias e sugestões dos interessados para se afinar a pertinência de estudos de viabilidade para a construção de portos marítimos de média dimensão, sobretudo em Carabela.

“A construção do porto da Carabela será prioritária, porque, no futuro, será utilizado como um centro de distribuição logística para os municípios da zona leste. A fase seguinte será a construção do porto de Kitahara Mahata, enquanto o porto de Beaço está incluído nos planos do Governo para ser utilizado noutros projetos”, informou o dirigente à Tatoli, em City 8, Díli.

Envolvida no projeto de construção de um porto em Carabela está a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) em Timor-Leste. Questionado sobre o calendário para o início da implementação do projeto, o seu representante Ito Mimpei, adiantou que a eventualidade de um porto em Carabela ainda está em fase de discussão com o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês para a aprovação de um fundo de subvenção para se iniciar um estudo de viabilidade.

“Prevê-se cerca de três milhões de dólares americanos, mas o montante depende do estudo que será realizado pela equipa de consultores”, frisou Ito Mimpei.

A Administradora do Posto Administrativo de Vemasse, em Baucau, Elda Freitas, alimenta expetativas positivas face à possibilidade de um porto na sua zona. Elda Freitas ambiciona que um porto em Vemasse traga “benefícios para a comunidade em termos de acesso ao transporte marítimo e proporcione oportunidades de emprego que contribuam para o aumento dos rendimento familiares”.

Recorde-se, a este propósito, que a JICA tinha feito um estudo de pré-viabilidade para a construção daquelas infraestruturas portuárias em zonas costeiras, designadamente Carabela, em Baucau, Beaço, em Viqueque e Kitahara Mahata, em Oé-Cusse.

Notícia relacionada: Japão apoia estudos para construção de portos marítimos em Timor-Leste

Jornalista: Afonso do Rosário

Editora: Isaura Lemos de Deus

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