DÍLI, 13 de julho de 2022 (TATOLI) – A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a Agência de Cooperação Internacional da Coreia do Sul (KOICA), o Ministério da Educação Juventude e Desporto (MEJD) e o Centro Nacional Chega (CNC) pretendem incluir nos currículos do ensino básico e secundário conteúdos relativos à História do país.
“A UNESCO considera que o conhecimento da História terá um papel relevante na reconciliação e na construção da paz, ajudando as novas gerações a ter consciência do passado e da identidade timorense”, disse o Diretor da UNESCO em Jacarta, Mohamed Djelid, no Hotel Novo Turismo, em Lecidere.
O diretor enfatizou que a História tem um valor intrínseco para o povo timorense. “Devemos relembrar toda a História para, desse modo, darmos um passo na mudança da mentalidade da população e contribuirmos para a construção da paz”.
Por sua vez, o Coordenador Residente da Organização das Nações Unidas em Timor-Leste, Roy Trivedy, considerou que as novas gerações são agentes de reconciliação e de construção da paz no país para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 16, isto é, “Paz, Justiça e Instituições Eficazes”.
Reação igual teve o Ministro da Educação, Armindo Maia, quando realçou que Timor-Leste tem uma longa história, garantindo, por isso, que a inclusão de História no currículo escolar justifica-se plenamente.
O ministro da educação vai coordenar-se com os parceiros sobre esta questão. “O assunto contribui para que os alunos alterem mentalidades e assumam atitudes que previnam a violência e o crime, e, desse modo, contribuam para a estabilidade das instituições”, disse.
O ministro lamentou que, desde 2021, a educação escolar apenas se tem focado no estudo de acontecimentos internacionais.
Atitude de igual apoio teve o Diretor do CNC, Hugo Fernandes, que assegurou que vai cooperar com o MEJD, para elaborar um manual escolar para apoiar os professores nas atividades de ensino-aprendizagem.
“O projeto conta com o apoio da KOICA, e foca-se em três dimensões: conceção do manual, digitalização de conteúdos e gestão bibliotecária”, informou .
O projeto é financiado pela KOICA no valor de cinco milhões de dólares americanos.
Jornalista: Jesuína Xavier
Editora: Maria Auxiliadora