DÍLI, 12 de janeiro de 2022 (TATOLI) – O Ministério da Agricultura e Pescas (MAP) quer cultivar anualmente mil hectares de várias espécies de árvores nos setores prioritários para prevenir a degradação florestal no país.
“De acordo com a nossa estratégia, efetuamos anualmente a reflorestação. Queremos cultivar mil hectares de várias espécies de árvores por ano com um milhão de viveiros”, afirmou o Diretor-Geral das Florestas, Café e Plantas Industriais do MAP, Raimundo Mau, à Tatoli, em Caicoli, Díli.
O dirigente destacou também a necessidade de dar oportunidade às árvores para nascerem e crescerem naturalmente e, assim, evitar a degradação.
De acordo com o estudo do programa de preservação florestal do MAP e da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Timor-Leste perde anualmente entre 10 mil a 12 mil hectares de floresta densa.
Raimundo Mau apontou como exemplo a perda das florestas densas na zona do Posto Administrativo de Jaco, do Município de Lautém devido à construção da nova estrada nesta área.
“Áreas para cultivar , cortes de madeira para lenha e incêndios contribuem igualmente para a redução das florestas densas. Precisamos de tempo para a recuperação destas florestas”, sublinhou.
O dirigente alertou todos os cidadãos para a necessidade de apresentarem um pedido à direção das florestas para licença de corte de madeira.
“Toda a população tem de apresentar os pedidos de licenciamento para que se verifique o objetivo do corte de madeira, se é para uso familiar ou de emergência, evitando, contudo, o corte de árvores perto de água nascente ou para fins comerciais”, disse.
De acordo com Raimundo Mau, o MAP prevê 23 milhões de dólares americanos, entre os quais mais de três milhões para a Direção-Geral das Florestas, Café e Plantas Industriais, sendo um milhão destinado à Direção Nacional do Desenvolvimento das Florestas Comunitárias, mas apenas 50 ou 60 mil dólares são alocados às atividades desta direção.
Governo defende reconhecimento de parque nacional de Nino Konis Santana como património mundial
O Diretor-Geral das Florestas, Café e Plantas Industriais do MAP, Raimundo Mau, revelou que o ministério já apresentou a candidatura relativa ao parque nacional de Nino Konis Santana à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência (UNESCO, em inglês) para reconhecimento internacional.
“Mantemos o valor dos parques nacionais, sobretudo o de Nino Konis Santana, porque, dos seus 170 mil hectares, 40% é zona de mar e 60% de terra – ambas são candidatas a património mundial”, referiu.
Timor-Leste tem outro parque, o de Kayrala Xanana Gusmão.
O responsável sublinhou ainda que é preciso proteger também as florestas em algumas áreas prioritárias no Posto Administrativo de Tilomar, de Covalima para garantir a sobrevivência dos animais.
O Executivo continua a trabalhar com os parceiros de desenvolvimento para preparar o plano de gestão dos parques nacionais.
O diretor mostrou-se preocupado com a falta de consciência da população, que continua a cortar árvores nas zonas protegidas.
O ministério continua a sensibilizar as comunidades para a proteção das florestas.
Notícia relvante: Governo prevê 500 mil dólares para desenvolvimento de várias espécies de árvores para fins industriais
Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora