DÍLI, 19 de junho de 2021 (TATOLI) – O Ministério da Saúde (MS) reportou, entre janeiro e maio, 545 casos de dengue e três mortes, revelou a Diretora Nacional de Controlo de Doenças, Josefina Clarinha João.
“Estas três vítimas são de Baucau, Manufahi e Liquiçá”, afirmou a responsável, em Lahane Ocidental, Díli.
A dirigente disse ainda que, do número total de casos de dengue, Ainaro e Lautém registaram sete cada, Baucau 56, Bobonaro 33, Covalima 15, Díli 368, Ermera 13, Liquiçá quatro, Manatuto 19, Manufahi 15 e Viqueque oito.
Josefina Clarinha João pediu a toda a população que limpasse o recinto de casa, sobretudo que colocasse o lixo nos locais próprios para viver num ambiente limpo.
“Estamos a esforçar-nos para lutar contra esta doença. Damos competência aos serviços de saúde municipais para fazerem campanhas sobre viver de forma saudável”, concluiu.
No que toca a esta doença, o MS lançou, a 08 de junho, a “Comissão Nacional para Controlo de Doenças Infeciosas por Vetor e Campanha de Combate à Dengue”.
O objetivo desta iniciativa é intensificar a comissão técnica para implementar e controlar o vetor e a comissão de gestão clínica da dengue, através da realização de campanhas de combate a esta doença, analisando os termos de referência e a composição desta comissão.
O Vice-Ministro da Saúde, Bonifácio Mau Coli dos Reis, tinha antes dito que, em Timor-Leste, a dengue constitui um dos problemas de saúde pública, com casos a surgirem frequentemente no seio da comunidade, particularmente na época das chuvas, criando condições que favorecem a procriação do vetor.
Segundo os dados do MS, de 975 casos em 2019, o número subiu para 1.450 em 2020, com um índice de letalidade de 0,7%.
A doença afeta desproporcionalmente as crianças, as do grupo etário entre um a quatro anos, com um índice de letalidade de 0,4%, e as do grupo etário entre os 5 e os 14 anos, com um índice de letalidade de 0,2%.
Os primeiros casos de dengue registaram-se em Díli, Baucau, Bobonaro, Covalima, Liquiçá e Manatuto. Já os casos de malária têm vindo a diminuir todos os anos e o Programa Nacional contra a Malária vai avançar com o processo de candidatura à Certificação Livre de Malária no próximo ano.
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Jornalista: Isaura Lemos de Deus
Editora: Maria Auxiliadora