DÍLI, 26 de maio de 2021 (TATOLI) – A petrolífera australiana Santos deu já início às instalações de plataformas fixas nos campos de Bayu-Undan para, em início de junho, arrancar com as perfurações dos três poços petrolíferos localizados na área.
A Santos tinha antes anunciado que as atividades de perfuração nos campos de Bayu-Undan se iniciariam no início do segundo semestre deste ano.
O Presidente da Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM), Florentino Soares Ferreira, considera que as perfurações constituirão uma marca na história timorense.
“A companhia Santos está a proceder à instalação das plataformas para iniciar já as suas atividades nos campos de Bayu-Undan”, refere o Presidente da ANPM, num comunicado a que a Agência Tatoli teve acesso, esta quarta-feira.
O responsável afirmou ainda que a ANPM e o representante da Santos em Díli realizaram uma cerimónia de bênção da Bandeira da República Democrática de Timor-Leste, que vai ser içada no topo da plataforma de perfuração, em Bayu-Undan.
“O programa obteve luz verde em janeiro deste ano para então arrancar com o investimento. Existem três poços que serão alvo de perfuração. Será ainda desenvolvida uma reserva adicional de gás natural e líquido, incluindo a produção de instalações onshore e a planta do gás natural liquefeito (GNL) em Darwin”, afirmou.
Segundo o presidente, a decisão da Fase 3C do investimento passou já por uma avaliação rigorosa, incluindo uma análise detalhada sobre aspetos económicos e técnicos, além da aprovação regulamentar de preservação do valor económico do projeto.
“A ANPM reconhece os compromissos assumidos com a Santos relativos ao investimento da Fase 3C das perfurações dos poços. Este mesmo investimento constitui uma oportunidade para reforçar a recuperação da produção de hidrocarbonetos e prolongar a sua produção. Se tudo correr de feição, todas as partes interessadas, incluindo o próprio Estado, sairão beneficiadas”, refere.
Já o Diretor-Executivo da Santos, Kevin Gallagher, disse que a primeira produção terá lugar no terceiro trimestre de 2021.
“Graças às boas relações entre o Governo timorense, ANPM e os nossos parceiros, poderemos avançar rapidamente com as atividades de perfuração de modo a reforçarmos o valor dos campos de Bayu-Undan”, afirmou.
A perfuração visa aumentar a produção em 20 milhões de barris, reduzir os custos de abastecimento, criar postos de trabalho e atrair mais investimento.
“Mais de 400 timorenses estão a trabalhar no setor, cujo contributo será relevante para a economia do país. Manteremos a força de trabalho em Timor-Leste e na Austrália para garantirmos um trabalho a longo prazo”, afirmou.
O grosso do consórcio para a operação de Bayu-Undan está nas mãos da Santos, tendo uma participação de 43,4%. Já 25% pertencem à SK E&S. Quanto aos restantes, 11,4%, pertencem a INPEX, 11% à Eni, 6,1% à JERA e 3,1% à Tokyo Gás.
Notícia relevante: Alfândega e ANPM apoiam Santos na importação de equipamentos de perfuração para Bayu-Undan
Jornalista: Florêncio Miranda Ximenes
Editora: Júlia Chatarina