DÍLI, 15 de abril de 2021 (TATOLI) – O Primeiro-Ministro (PM), Taur Matan Ruak, reuniu-se com todos os elementos do Governo para dar instruções no sentido de priorizar a rápida intervenção em resposta aos danos causados pelas cheias que assolaram recentemente o país.
O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros (MPCM) e porta-voz do Executivo, Fidélis Leite Magalhães, proferiu estas declarações na sequência da reunião que teve lugar no Ministério das Finanças, em Aitarak-Laran, Díli.
“O Primeiro-Ministro deu instruções aos governantes para que dessem particular enfoque a este plano que visa a recuperação dos danos provocados pelas últimas cheias. Temos de definir detalhadamente esta intervenção ao ponto de precisarmos da ajuda dos países amigos que queiram ajudar Timor-Leste”, disse o governante, esta quinta-feira (15/04), aos jornalistas.
Segundo Fidélis Magalhães, os governantes puderam assistir, durante a reunião, às apresentações feitas pelo Ministério da Administração Estatal (MAE) e pela Secretaria de Estado da Proteção Civil (SEPC) relativas aos estragos e aos atuais esforços despendidos durante a fase de emergência.
O ministro explicou ainda que a apresentação da SEPC se concentrou nas operações de socorro desde as primeiras horas após o abalo provocado pelas cheias, nomeadamente no que diz respeito ao resgate de cidadãos bem como ao apoio humanitário de emergência, com a entrega de bens de primeira necessidade, nomeadamente água, medicamentos e transporte.
Fidélis adiantou ainda que, além da ajuda humanitária por parte de parceiros nacionais e internacionais, a SEPC recebeu apoio financeiro vindo do estrangeiro. Deste modo, os Estados Unidos da América (EUA) disponibilizaram 100 mil dólares americanos e a China com a mesma quantia. Já o Governo australiano disponibilizou 5,34 milhões do, enquanto a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, em inglês) concedeu 5 mil dólares da e o Grupo Bancário da Austrália e da Nova Zelândia (ANZ) 50 mil dólares americanos.
Fidélis acrescentou que o Executivo registou, até a passada quarta-feira (14/04), 35 mortos e 10 desaparecidos na sequência das recentes inundações no país.
“Dos 35 mortos, 20 são do Município de Díli, seis de Ainaro, três de Viqueque, dois de Covalima, dois de Manatuto, um de Aileu e outro de Baucau. Dos 10 desaparecidos, quatro são de Manatuto, quatro de Ainaro e dois de Díli. Mais de 25 mil agregados familiares foram afetados, enquanto 4.546 habitações sofreram danos. Quanto às infraestruturas danificadas, registaram-se 22 pontes, 11 das quais necessitam de uma rápida intervenção”, concluiu.
Jornalista: António Gusmão
Editora: Júlia Chatarina