DÍLI, 09 de dezembro de 2020 (TATOLI) – A Secretaria de Estado da Arte e Cultura (SEAC) registou, nos últimos meses, 212 propostas ligadas a obras de reconstrução e de requalificação de casas sagradas de diferentes municípios do país.
Entre as propostas recebidas, segundo o Diretor-Geral da SEAC, Manuel Smith, cerca de 20 são relativas a casas tradicionais localizadas em Ainaro, Baucau, Bobonaro e Ermera, que foram destruídas pelos incêndios ocorridos entre 2019 e 2020.
Para responder a estes pedidos, Manuel Smith disse que a SEAC criou já uma equipa, composta por 36 membros, que se dividem pelas quatro regiões do país – leste, centro, oeste e enclave de Oé-Cusse – para verificar as questões ligadas às propostas junto dos proprietários de casas tradicionais.
“A nossa equipa encontrar-se-á com os donos das casas sagradas para confirmar o seu compromisso para pôr em marcha os planos”, disse Manuel Smith, à Tatoli.
O responsável explicou de igual modo que, para que seja construída ou requalificada uma casa sagrada, as suas gerações devem comprometer-se a financiar entre 25 e 50% o projeto.
“Os donos das casas tradicionais têm de iniciar as obras e responsabilizar-se, pelo menos, por 25 ou 50% das verbas. Caso contrário, o Governo não dará apoio”, avançou.
“Esperamos que a verificação das propostas termine em dezembro e o apoio possa ser concedido em 2021. A ajuda basear-se-á nos resultados da verificação”, acrescentou.
Smith adiantou ainda que, em 2021, o Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura alocará também verbas para as obras de reabilitação e de construção de casas sagradas timorenses.
Jornalista: Nelia Fernandes
Editora: Maria Auxiliadora