Díli, 05 de maio de 2020 (TATOLI) – Tradutor e professor de Tétum Jurídico no Centro de Formação Jurídica e Judiciária do Ministério da Justiça, Marcelo Maria Pinto Nunes, diz que é um orgulho saber falar uma língua global e em expansão como o português.
Para Marcelo, o português é uma língua de comunicação diária no trabalho e na família.
“Comunico com os meus filhos e com os colegas do trabalho. Já é um hábito falar português em qualquer circunstância. Ensino o meu filho a falar português. Falo com os meus colegas e amigos em português. Isso já é um contributo para aperfeiçoar o português e, assim, contribuir para a difusão da própria língua em Timor-Leste. Quero que o português possa ser cada vez mais divulgado e ficar cada vez mais enraizado no nosso país”, referiu.
O contacto de Marcelo com o português começou na universidade.
“Quando estava na universidade, falava sempre a língua portuguesa com os outros colegas, mesmo com enormes dificuldades. Hoje, vejo que realmente valeu a pena, pois ajudou-me muito a ser mais profissional no meu trabalho”, sublinhou.
Para Marcelo, a nomeação do Dia Mundial da Língua Portuguesa pela UNESCO traduz a expansão do português pelo mundo.
“Tal nomeação é um reconhecimento de que a língua portuguesa se tornou numa ferramenta fundamental de comunicação entre povos de várias nações no mundo. Esta união traduz o espírito de irmandade cultural-linguística entre esses mesmos povos”, disse hoje Marcelo Nunes à Agência TATOLI, via telefone.
O formador recorda que o português é a quinta língua mais falada no mundo e a mais usada no hemisfério sul. Mais de 260 milhões de pessoas falam esta língua, não só nos Estados membros da CPLP mas em outros países.
Em relação a Timor-Leste, Marcelo defende que a promoção da língua portuguesa passa pela comunicação social, nomeadamente através da transmissão de telenovelas, filmes, desenhos animados e outros programas com legendas em português.
Além da comunicação social, o formador sustenta que é necessário investimento nas redes sociais e em conteúdos em português de fácil consumo para os mais jovens, cabendo aos agentes de ensino, Instituto Camões e outras fundações essa aposta.
“É importante celebrar o Dia da Língua Portuguesa em Timor-Leste para se dar a conhecer ao público esta data”, referiu.
Marcelo lembra ainda o poeta português Fernando Pessoa: “A minha pátria é a língua portuguesa”. Considera que uma pátria não é só a raça, a bandeira, um sistema político e económico. É também a língua.
Jornalista : Domingos Piedade Freitas
Editor: Zezito Silva