DÍLI, 17 de fevereiro de 2020 (TATOLI) – A morte da médica Amita Thampa foi causada por uma doença pulmonar, revelou o clínico Flávio Brandão do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV).
Amita Thampa era uma cidadã nepalesa, que trabalhou em Timor-Leste de 2004 a 2017.
“Deu o seu contributo para o trabalho no HNGV. Era uma pessoa com integridade no seu serviço, mas morreu”, afirmou hoje Flávio Brandão aos jornalistas no Hospital Nacional Guido Valadares.
Flávio Brandão salientou também que, durante o seu serviço, Amita Thampa deu assistência de saúde a grávidas, crianças e outras pessoas que conhecia.
De acordo com o clínico, o HNGV presta as suas condolências profundas à família da médica nepalesa.
“Aprendemos algumas coisas através do seu perfil. Uma médica que esqueceu o seu lugar e veio para outro lugar [Timor-Leste] de modo a servir com a toda dedicação”, afirmou.
Segundo Flávio Brandão a médica sofria de doença crónica, mas continuou a dar assistência às grávidas e crianças.
“Ela tinha uma doença que a fazia depender totalmente de oxigénio. Tinha um problema pulmonar já num estado muito avançado e, por isso, morreu”, disse.
“Durante o período em que esteve doente, só estava em casa, mas continuava a trabalhar. Planeámos transportá-la para o HNGV, quando se encontrava num estado mais grave. Mas já estava numa fase muito avançada e não a conseguimos salvar”, afirmou.
A filha mais velha da médica, Smriti Basnyat, confirmou que a sua mãe sofria de uma doença desde julho de 2015.
“Ela não se queria ir embora. Queria ficar em Timor, porque Timor era a sua casa. Tinha uma doença pulmonar incurável”, informou.
Relativamente à cerimónia fúnebre da médica nepalesa, ainda não se decidiu o local.
Jornalista : Nelia Fernandes
Editora : Maria Auxiliadora